Ontem , enquanto tomava um café no bistrô,uma matéria na ZH me chamou a atenção, a ponto de eu hoje escrever sobre ela; "A má educação urbana". A matéria mostra e dá números dos prejuízos que a falta de educação do povo está custando aos cofres públicos e em geral ao meio do convívio social. Alí são elencados desde as pichações, os trotes, as destruições de orelhões e bancos de praça,carros estacionados em locais proibidos, e por aí vai a lista. Os números escancaram como a falta de civilidade conturba a vida dos gaúchos e do brasileiro desafiando a sociedade e as autoridades a encontrar soluções.
A mesma matéria entrevista o professor de Filosofia e Ética política da Unicamp, Roberto Romano, que acredita que o povo brasileiro ainda está aprendendo a viver em grandes sociedades urbanas. Enquanto isso não ocorre, segundo ele, persiste a falta de respeito com o patrimônio público e com os demais cidadãos.
Ele considera que é fato que ainda vivemos o rescaldo da cultura rural ou de pequenas cidades. Saímos do sertão e não nos adaptamos ainda ao ritmo das grandes urbes. Somos manadas de pessoas que não têm padrões de comportamentos coletivo. Na Europa as cidades tem dois mil anos. A nossa urbanização é recente ainda.Desde os anos 50 o Brasil entrou em uma onda de urbanização rápida. Portanto, o avanço vai ser lento. Precisamos criar padrões de comportamento coletivos de massa civilizatória.
"Tem pessoas que ocupam determinado status sociais, mas não sabe o que fazer com ele."
"Temos uma classe média violenta que só conhece o valor do dinheiro ou da força física. Se tem um salário razoável, um carro importado, o resto não existe".
Fico desolada com isto.
É possível detectar o que está acontecendo na nossa sociedade numa simples compra em uma loja qualquer ou num restaurante.
Para começar,os vendedores desconhecem os produtos que vendem , e não fazem questão nenhuma de saber e nem de agradar o comprador. O despreparo do vendedor e a falta de chefia torna o nosso comércio um emaranhado de amadores . Não se tem nem para quem reclamar.
Está ficando difícil consumir.
Vai se chegar num ponto que não adianta ter o dinheiro, não se vai querer comprar.
Que pena que para se chegar a civilidade , como na Europa, vai ser preciso dois mil anos.
Não vai ser para nós.!
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