O capitão tenente Francisco de Mello Palheta , no ano de 1727, viajou para a Guiana Francesa e conseguiu em Caiena sementes de café que foram levadas para Belém do Pará.
Segundo um documento obtido pelo Barão do Rio Branco, essas sementes ou mudas foram conseguidas através da esposa de Claude d´Orvillier, governador francês da Guiana.
Em 1760,sementes de cafeeiro chegam ao Rio de Janeiro e logo são plantadas pelo holandês João Hoppmann em sua chácara em Mata porcos, atual rua Frei Caneca. Consta que os frades "barbadinhos" também fizeram cultivo em seu convento à rua da Guarda Velha, hoje Treze de Maio.
Tempos depois, o médico francês, Louis François Lecesne participante de experiências com o café em Cuba e na República Dominicana, adquiriu em sociedade com o Conde de Luxembourg uma propriedade no Alto da Boa Vista, chamada São Luis. Ele teria desmatado uma área e iniciou o cultivo do café em escala comercial, chegando a ter uma plantação de 50 mil pés.
Em propriedade lindeira com o Conde, Charles Alexandre Moke também plantou 40 mil pés. Outros estrangeiros também tiveram propriedades no Alto da Tijuca, como os irmãos Taunay; os de Gestas e os de Roquefeuil;os de Rohan e os de Say.
Essa fase da cultura do café no Rio de Janeiro no alto da serra da Tijuca foi estudada e publicada por Gilberto Ferrez. Essas plantações provocaram o desmatamento total dos altos vales da Serra da Tijuca.
Na segunda metade do século XIX, após o término dessa ocupação predatória e comercial, realizou-se uma campanha de arborização, comandada plo major Manoel Gomes Archer, por iniciativa de D.Pedro II, de 1860 a 1874, plantando cem mil árvores. de várias espécies.
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