Passei boa parte da vida desenhando. Era uma criança que brincava sempre acompanhada de um bloco e lápis. Retratava ,do jeito que conseguia, tudo à volta. Com 8 anos , meu pai me presenteou com um pequeno cavalete onde se colocava um grande bloco de papel jornal que eu rabiscava com barrinhas de carvão . Entre outros , lembro de ter desenhado meu primeiro cachorrinho de nome "Piloto", era um perdigueiro pintado de preto e branco. Também tivemos um cavalinho , que desenhei, que se chamava "Tom", esse era do meu irmão.
O desenho sempre conviveu comigo paralelamente a tudo e todos. Era um lado meu, que por muito tempo não pode se incorporar e ter existência própria. Era considerado pelos outros como um brinquedo, mas não para mim. Era um refúgio e também um modo de comunicação. Desenhava como quem tira uma foto para registro do momento .Hoje sei disso!
Meu desenho sempre foi e é figurativo, mas a busca sempre foi a alma, os sentimentos,e a expressão. O mesmo que busco nas pessoas. E só, a beleza é essa!
Os desenhos sempre foram meu cotidiano .
Hoje, passei a colorí-los, mas é simples assim! É só isto!
Ainda Fernando Pessoa; "Na arte não há desilusão porque a ilusão foi admitida desde o princípio"
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