sábado, 12 de março de 2011

Mandrake

Era uma vez ....

Mandrake , brincadeira infantil que, num apertar de dedos, tinha o poder de paralisar uma pessoa.

O mundo infantil tem sua própria linguagem , as crianças se entendem não é preciso explicar. Quando cansam de uma brincadeira já passam para outra num piscar de olhos.

Antigamente se brincava de Estátua, de troca de cadeiras, de Sapata ou Amarelinha, de Cinco Marias, de Bolinhas de Gude, de Tampinhas. Na leitura se destacavam as revistas do Pato Donald e do Michey. Todos leram " Reinações de Narizinho" de Monteiro Lobato.

Eram brincadeiras baratas, não custavam quase nada e todos se divertiam muito.

Presentes só se ganhava no aniversário e no Natal, e um só ,dos pais.

Ao longo da minha vida eu tive duas bicicletas, aos sete anos e aos treze, umas cinco bonecas, e nos intervalos as roupinhas delas, que minha mãe fazia como ninguém.

A primeira jóia aos oito anos, um anel de rubi, e aos quinze um anel de safira e brilhantes da minha avó.

Minha única atividade fora do colégio eram aulas de ballet com Lia Bastian Mayer e aulas de piano com minha avó materna.

As crianças estudavam e brincavam , como toda infância devia ser. As mães contavam histórias maravilhosas sempre com final feliz.

Ás nove horas da noite , hora de dormir.

E de repente, Mandrake...e sonhávamos que seria assim para sempre.

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