Interessante a leitura do livro de Mark Kurlansky que trata da trajetória do sal em todos os tempos. O livro de 460 páginas que conta a história do sal passando pela economia e a religião , é ao mesmo tempo técnico e histórico.
Quando comprei o livro tinha apenas a curiosidade de conhecer os benefícios e malefícios do sal visando a saúde do corpo. Fui surpreendida com um livro simples, completo e fascinante do ponto de vista informativo.
O sal, que hoje se encontra em qualquer supermercado, um dia já foi uma das mercadorias mais procuradas no curso da história da humanidade. Desde o início da civilização até cem anos atrás.
O sal está no cotidiano de todos nós, mesmo daqueles que querem evitá-lo pela saúde.
Está na religião dos antigos hebreus assim como na maioria dos judeus atuais, símbolo da eterna aliança de Deus com Israel. Ele sela as transações por ser imutável, no entender também dos islamitas, e os egípcios, gregos e romanos anteriores a Cristo o utilizavam com água em sacrifícios e oferendas, talvez inspirando o que seria a água benta cristã.
O sal se confunde com a história do mundo. Nenhum outro produto o substitui e sem ele desapareceriam a carne seca, o arenque e o bacalhau.
Em 1930, guando Gandhi caminhou 400 km até o mar em desafio ao odioso " imposto do sal" britânico, o colonianismo voltou a vacilar, e o mundo, a mudar.
Em 1901, guando um domo salino foi perfurado no Texas e revelou uma imensa reserva de óleo, fez-se história com o sal: começou a Era do Petróleo.
Kurlansky conclui que o sal respeitando as épocas, teve a mesma corrida que hoje existe pelo petróleo . Para ele " em todas as épocas, as pessoas têm por certo que as coisas que elas consideram valiosas são as que de fato têm valor".
A nota do dia: Como tudo na vida, só é preciso moderação em seu uso.
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