domingo, 3 de julho de 2011

A Vilinha Encantada















Era uma vez uma vilinha , que de tão pequena só tinha uma igrejinha, uma escola, uma fruteira, uma cantina de vinhos, e umas casinhas . As ruas de chão batido contrastavam com a pompa de umJustificar Obelisco, com o nome gravado dos moradores. Todos se conheciam e se amavam, porque eram descendentes de uma mesma mãe, a França. Lúcia , uma menina linda e esperta corria pelas ruelas, as mesmas que um dia , como viajante , Auguste de Saint-Hilaire em 1820 visitou e se encantou. Lúcia ficava fascinada com as histórias que sua mãe contava e já sonhava sonhos mais altos , mas sem nunca perder de vista o seu vilarejo mágico. E assim viveu sua infância nesse ambiente lúdico, culto e sedutor. Cresceu e foi viver seus sonhos. Tempos depois , já uma moça feita , retorna a Vilinha e se espanta que ela ainda está lá do mesmo jeitinho que a deixou. Lúcia mudou, a Villa não ! Caminhando pelas ruas , revendo através de seus sentimentos sua vilinha encantada que tanto amou, se viu brincando com outras crianças, e seu coração estremeceu guando ao passar na frente de seu colégio ouviu vozes de crianças cantando uma modinha tão familiar;" Frère Jacques, Frère Jacques,Dormez-vous, Dormez-vous, Sonnez les matines, Sonnez les matines, Ding,Ding, Dong." O sonho de Lúcia estava intacto! E assim termina a história ! E é para a maravilhosa Vilinha Encantada de Lúcia que minha inspiração se volta , ressurge , se revela , e se traduzirá na tela.


Vila Nova, fica a 30 km de Pelotas- rs, reduto de imigrantes franceses.

sábado, 2 de julho de 2011

Preparando o atelier






Sempre é muito bom quando a inspiração retorna e o processo de criação começa a acontecer. O desafio se instala e só sossega guando a obra está terminada. A partir daí tudo a volta se transforma; a casa , a alimentação, as vaidades, o lazer, as preocupações, e por aí vai enquanto durar o estado de graça. Estou preparando o atelier ( sempre esteve alí) , mas a cada trabalho sempre é preciso dar uma conotação nova , os cavaletes e as tintas circulam, tudo troca de lugar como se fosse um outro ambiente. É passar uma borracha na inspiração antiga que estava ainda impregnada nas paredes. Tudo se renova! A obra a ser iniciada é única e tem que ser preservada de tudo à volta. A energia que vai se formando ao redor é inebriante e muitas vezes contagiante. A casa fica toda tomada dessa paixão . É indescritível ! Vai surgir durante o trabalho uma melodia como pano de fundo durante todo seu processo . Ainda desconheço, mas surgirá , eu sei! Bem, enquanto tomo um café descansadamente, olho ao redor e já me vejo trabalhando em meio à tintas e pincéis, potes de terebentina e óleos variados, dando vazão às emoções que certamente serei envolvida durante a criação . O cheiro do atelier é fascinante . É muito bom este momento da preparação do atelier! Salve!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Compartilhar








Passar uma semana trabalhando muito, sem tempo de sabotar a própria agenda e acrescentar qualquer compromisso que já não estivesse previamente agendado, é duro ! Pela manhã, correria desde cedo, as tardes totalmente preenchidas, e à noite cansaço geral, é complicado! Portanto aos sábados deveríamos ficar abertos à improvisação , mas somente com pessoas que se quer muito compartilhar. Digo isso, porque gastar horas importantes somente com inutilidades e futilidades não é saudável. Acredito que mesmo o mais descontraído dos programas, tem que trazer algum aprendizado ou conforto . Tem que ser prazeroso ! Se não der, prefiro o recolhimento de ler um bom livro, ir ao cinema, pintar telas, tocar piano, ou ainda fazer experiências com pães e cafés. Ufa, assim meu sábado já estaria repleto de coisas que eu adoro! Compartilhar faz bem se os interesses são comuns e sinceros, são trocas, portanto já exige alguns cuidados !